Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

terça-feira, abril 28, 2009

Os Concursos Nacionais nos Camarões estilo TEIPs

Em tempos, o Pedreira insinuou que a partir de 2013 deixaria de haver concursos nacionais e todo o processo ir-se-ia reger pelos mesmos moldes dos TEIPs que, ontem encerraram.
De forma, mais ou menos, discutível, em alguns dos respectivos critérios de recrutamento, podemos concluir que quase todos os agrupamentos utilizaram o mesmo modelo de sistema copy and past.
Mas, neste tipo de andanças, houve um que destoa do figurino, o do Oeste da Colina, em Ouagadogu (EB 2/3 Mixaminos - Burkina Faso). Os itens postos a concurso revelam, por um lado, a extrema pessoalização (enfuche) posta à disposição da comunidade educativa e por outro, a desclassificação mental ou de demência, quiçá de insanidade mental, dos professores com tempo de serviço superior a 25 anos.
Mas, não desfazendo do Chefe, poder-se-á questionar sobre o seu respectivo grau de inteligência, na medida em que, ele também tem mais de 25 anos de serviço, ou seja, não devia já ter-se reformado por deficiência, talvez bipolar? Se a partir de 2013 o processo nacional passar a este nível atomicista, então é melhor muitos futuros ex-profs., pensarem em procurar outras freguesias, mudando de job.

segunda-feira, abril 27, 2009

Violência Doméstica – 2

Em termos gerais, esta temática não tem sido tratada, nos devidos termos (normativos penais e sociais e educativos), na medida em que, subjacente a todo e qualquer processo de socialização, o Ser Humano, ainda que involuntariamente, tem vindo a ser bombardeado com diversas mensagens, ao longo da sua vida, que o levam a interiorizar, esta aparente cruel realidade, chaga social, como um mero facto social.
Ora, a suportar este fenómeno, temos as religiões (textos escritos em remotas épocas, em que era o Homem que dominava o Poder e a escrita) que, de alguma forma, continuam a condicionar os nossos comportamentos e que colocam, normalmente a Mulher como um Ser que deve obediência, deve ser submissa à tradição e ao Patriarcado, e deve encarar a dor e o sofrimento, como um castigo divino.
Antes de 25 de Abril de 1974, toda a violência exercida pelo Homem sobre a Mulher (cônjuge ou filha ou sobre outrem que tivesse qualquer relação, menos própria, com qualquer delas) era desculpabilizada socialmente, minimizada juridicamente e encarada como uma forma de lavar a honra; o inverso, ou seja, violência da Mulher sobre o Homem era condenável em todos os sentidos.
Mesmo agora, no século XXI, o agressor, com a recente revisão do código penal, como que continua a ser visto como alguém que teve, num determinado momento, uma atitude mais reprovável (a Lei continua a não proteger a vítima do agressor) e só existe responsabilidade se ocorrer alguma morte.
Por outro lado em Portugal, em cada 4 namoros que acabam em União, há um que se desenvolve sob o signo da violência e, dentro de cada União, em 95% dos casos o agressor é o Homem sobre o Ser Feminino e muitas das vezes com a cumplicidade do cônjuge.
Por outro lado, nas comunidades muçulmanas, a violência é apenas condenada se for exercida pela mulher sobre o marido.
Porque a do Homem sobre a Mulher (o Homem é o Senhor absoluto), a da família sobre Ela (relacionamento contra vontade familiar acaba, quase sempre acaba em morte, normalmente por lapidação) e a da sociedade sobre ela (se for violada, abre-se um processo contra Ela, pelo facto de ter tido uma relação sexual fora do casamento, mesmo que seja solteira e, se divorciada, existe agravamento, pelo facto de Ela ter cometido adultério) é encarada de uma forma distorcida: a vítima, Mulher, é a única culpada.
A violência doméstica é, contudo transversal ao meio socioeconómico e ao tipo de sociedade/país mais ou menos desenvolvido, sendo, muitas das vezes, até incentivada como um meio de afirmação de cultura social:
Depois de casar, uma rapariga é reprimida e espancada pela sogra. Quando envelhece, e se torna ela própria sogra, passa a reprimir e a espancar a nora. Se se comportar de outra forma, não será considerada uma sogra digna desse nome (…) A atitude, aceite por consenso, de um homem para com a mulher, resume-se no velho ditado: Uma mulher deve ser tratada como um cavalo – tem de ser conduzida e espancada regularmente. Se um homem não bater na mulher, as pessoas julgam que ele tem medo dela - Stephen G. Haw (2008: 256). História da China- 1ª edição. Editora Tinta-da-China. Lisboa, Portugal-.
Como se pode deduzir, tais práticas, apesar de serem, publicamente, condenadas, estão interiorizadas e, por acomodação, vão-se perpetuando.

sexta-feira, abril 24, 2009

As Pipocas da Europa...

No debate da SIC entre os líderes ao PE, do PS e do PSD, questões europeias: nicles.
Um Vital sem sumo, descobre que o Homem do Leme, Sócrates se vê no meio de uma turbulenta tempestade em que todos os Partidos da oposição lançam palpites de desmancha prazeres sobre as diversas opções para controlar a crise e sem apresentação de qualquer outra opção plausível. Ora o Moreira esqueceu-se de referir que se o Barco se encontra em dificuldades é por causa do Mestre que, em vez de aplicar os dinheiros públicos em estabilizar a Nau, andou a salvar a vida dos sargaços.
Antes da Tempestade, já o Bote metia água, o Mastro se encontrava com caruncho e o motor que foi adquirido, como salvado travestido de tecnologia de ponta, se encontrava inoperacional. Os dois candidatos discutem, não um com o outro, mas com outras pessoas, com o respectivo público-alvo

25 Abril de 1974 ...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Desde há 35 anos, estas comemorações pretendem, todos os anos, ser inovadoras. Quiçá, durante os anos de 1975, 1976 e 1977, a sinceridade era afectiva.
Agora, parece tudo tão folclórico e consoante os interesses políticos e partidários de momento; como se o amanhã fosse mais radioso e diferente.
Na realidade, poucos se lembram dos tempos em que falar ou murmurar com conhecidos, familiares ou outras pessoas era um risco perigoso; ninguém sabia quem era amigo de quem; os Informadores, os agentes da PIDE, a Prisão, a Tortura, etc., estava tudo tão perto...
Na verdade, talvez apenas cerca de 30% da população se sinta, de alma e coração, com todo o processo militar de derrube de um regime corrupto e podre; outros 30% sintam saudades do passado, apesar de ainda não terem coragem para o admitir; os restantes 40% estão numa situação de indiferença, na medida em que, nasceram ou acordaram para a realidade da vida, depois dessa data.
Interessa pois, na nossa modesta opinião, recordar os momentos de vivência desse dia. Aqui no burgo, as experiências foram diversas, umas mais activas e outras mais expectantes.
1 - Estava em Leiria, vivi de 1965 a 1980, e passei a subir a descer e a avenida Marquês de Pombal (para além de algumas e poucas vivendas, apenas existia um prédio com três andares) , de bicicleta durante cerca de duas horas (talvez descarregando a adrenalina de um momento, anteriormente comentado em surdina, dentro do ambiente familiar), com uma vivacidade no pedalar, nunca antes demonstrada e apenas encontrei duas amigas, vindas do liceu, pelas 11 horas, junto ao hotel EuroSol, que se sentiam algo confusas.
2 - Levantei-me, como todos os dias, pelas 5 horas da matina e antes do matabicho, já estava na coorte do gado a prepará-lo (tirar o leite) para ser levado para o lameiro. Tomei o pequeno-almoço, pelas 6 horas e às 6h 30m despedi-me da família e agarrei na sacola dos livros e pus-me a caminho da escola/ciclo: andar cerca de 5 km pelo monte até apanhar a carreira no Barracão, pelas 7h 30m e chegar à vila um bocado antes da hora certa, pelas 8h 30m. As aulas da manhã decorreram normalmente e só depois do almoço, na cantina, é que fomos informados do encerramento da Escola, durante dois dias e dos respectivos motivos. Motivos longínquos (cerca de 700km) lá para as bandas da Capital, de Lisboa... Assim, todos os que viviam nas Aldeias regressámos a casa mais cedo. Só dois meses depois fomos tomando consciência dos factos.
3 - Sei o significado desse dia, pelas conversas dos meus Pais e Tios, visto que só nasci em 1976; mas é uma memória composta de quadros imaginados, em que a minha pessoa também pertencia ao MFA, como quando lia as aventuras nos romances de Júlio Verne ou de Emílio Salgari.
4 - Na minha família, tradicional e conservadora, o movimento militar foi perspectivado com muitas reservas, visto que era tradição respeitar os altos valores patrióticos do regime derrubado. Todos os novos descendentes, uns já nascidos, embora de tenra idade (como a minha pessoa) e outros posteriormente, não herdaram a tradição familiar e desonraram a pátria: tornaram-se radicais com a idade e hoje os nossos progenitores devem perguntar onde erraram, na educação de tais filhos desnaturados.
Podíamos passar este tipo de vivência pessoal a outos bloguistas que têm o sacrifício de nos visitarem e lerem os disparates aqui colocados.
Pensamos que cada um é livre da forma se expressar em homenagem ou em crítica ao MFA, à sua maneira.

terça-feira, abril 21, 2009

SECOS e MOLHADOS - 1989

Secos:
Associação Sócio Profissional da Polícia que liderou o Direito ao Respeito pelos Princípios Gerais, Liberdades e Garantias dos cidadãos, inscritos na Constituição da República de Portugal, por parte do Poder Político aos elementos das Forças de Segurança Pública.
Molhados:
Ministro da Administração Interna Silveira Godinho
Primeiro Ministro Cavaco Silva
Deputados dos Partidos Políticos representados na Assembleia da República: PSD; PS; CDS.
A realidade hoje é diferente, mas na verdade os problemas pela dignificação da profissão continuam por resolver.
Os membros da PSP continuam a trabalhar em condições degradantes e humilhantes, porque o dinheiro necessário para a resolução de situações problemáticas tem sido orientado para outros destinos, quiçá mais turísticos:
1 - Salvar as vodkas e afins..., dos membros dos Conselhos de Administração das Entidades Financeiras e Bancárias.
2 - Salvar os maus investimentos especulativos realizados pelo Estado.
3 - Ajudar as empresas onde pontificam figuras sonantes do PS e do PSD (interessante a saída para Benavente, na A 10 e que serve melhor a Martifer que as povoações limítrofes...)

quinta-feira, abril 16, 2009

A Mordaça Sideral...

Vital Moreira defendeu a não discussão de temas europeus com a recusa ao referendo do Tratado de Lisboa (saudades da mordaça do Estado Novo?). Desde aí, nada se discutiu. Agora, para desviar os problemas nacionais, afirma que só devem ser discutidos temas de natureza europeia (em 2005 afirmou duas coisas muito interessantes: a primeira falava em cartão amarelo ao Governo de Santana Lopes e a segunda que este tipo de eleições eram um disparate...).
Quais os Temas Interessantes?
Continua omisso, fingindo que tudo se pode discutir, excepto crise interna:
1 - Destruição da Agricultura Portuguesa?
2 - Subordinação da Pesca Portuguesa aos interesses da Pesca Espanhola?
3 - A livre circulação (assimétrica) de produtos chineses?
4 - As consequências nefastas do Tratado de Lisboa, para Portugal?
5 - A importância da NATO na conquista do espaço sideral?
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quarta-feira, abril 15, 2009

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

(Nomes Próprios são Fictícios)-
João…, natural de Verdelhos (Covilhã) encontra trabalho, nas obras, perto de Ourém e conhece, em Dezembro de 2001, Ermelinda…, nascida e criada em Bragado (V.P. Aguiar) que era empregada doméstica interna.
Ermelinda ao fazer 18 anos tomou-se de amores por Tomás, rapagão bem-criado e que, tal como ela, também era pastor na vezeira. Tomás era de aldeia vizinha e tinha reputação de valdevinos, de enganar jovens e Ermelinda seria mais uma das suas vítimas. Seis meses depois, a moça, apesar de avisada nunca levando a sério os ditos sobre as aventuras e desventuras do jovem, acordou para a realidade quando soube que ele estava emigrado nos states; nada lhe dissera, deixando-a como a uma viúva; Ermelinda tinha-se-lhe entregado e agora parecia que a maldição da vida lhe coarctava a alegria da juventude. Os anos foram passando e resignada ao seu destino com 26 anos de uma Tia para a eternidade, aceitou a oportunidade de sair daquele lugar que se lhe tornara opressivo e entrar ao serviço doméstico como interna de uma família de classe média de Ourém.
João artista da poda soube logo como haveria de entrar no coração de uma Ermelinda triste, e esta conformada, deixou-se levar, talvez como forma de resolver e esquecer infortúnios passados. Durante o namoro, joão tinha a mania de lhe dar uns tabefes, meio a rir, meio a brincar e a moça, ria-se daquele tipo de brincadeiras.
A primeira situação mais embaraçosa, aconteceu na noite de núpcias, quando João meio embriagado a obrigou a beber ao mesmo tempo que iniciava intimidades em frente dos amigos, rindo-se e bebendo. Ermelinda, na manhã seguinte, ao acordar, sentiu-se inquieta, sem saber de concreto o motivo, sentiu-se agoniada e suja; Ermelinda de nada se lembrava e queria perguntar a João o que realmente acontecera. Mas joão já se tinha ausentado para parte incerta. Ermelinda chorou, chorou quase em sussurro; não discernindo o passar do tempo.
Durante os três anos seguintes de paz, duas crianças vieram a este mundo, um era o rosto do pai e o cabelo da mãe, enquanto o outro teria parecenças com ambos os progenitores no geral, apesar de o cabelo ser diferente ao de ambos os pais, estilo carapinha. Foi aqui que a situação se começou a desequilibrar, quando um amigo de João insinuou a breve suspeita de algo não estaria bem, em relação ao segundo filho. João, desconfortável sentiu-se humilhado, perante os amigos e os seus pensamentos levaram-no a pensar naquilo que não queria pensar. Começou a ficar mais tempo com os amigos e atrás de uma cerveja vinha um bagaço e mais outro e mais outro. O inferno de Ermelinda começou quando João ao chegar a casa embirrava com tudo e com todos, quando as cenas domésticas se tornaram mais violentas em termos verbais. Ermelinda nada compreendia porque João nunca mencionava as suspeitas que lhe zurziam na cabeça. O ciúme patológico, toldado pelo álcool, começou a desenvolver-se e a gerir as relações de conflitualidade.
Ermelinda, começou a aparecer, no trabalho, agora como empregada doméstica externa, com nódoas negras, primeiro no corpo coberto e depois em zonas mais visíveis, como o rosto. Nos primeiros tempos, a patroa nada lhe disse, abraçou-a e compreendeu todo o drama, porque, na verdade, o Sr. Dr., seu marido, também tinha procedimentos semelhantes, apesar de serem escassas essas ocasiões. Dessa estranha relação foi-se consolidando uma cumplicidade entre as duas mulheres, cada uma vivendo uma solidão muito própria.
À violência física, como as bofetadas, os socos e os pontapés, João exercia outras formas de violência, mais incisivas e que feriam mais, como a agressão verbal através dos insultos mais escabrosos, ameaças à integridade física e moral de Ermelinda, assim como fazer flirt a outras moças em frente dela, como a recusa em dar apoio financeiro para o sustento da família, já não abordando aquilo que a sociedade portuguesa ainda não aceita: a violação sexual ilegítima da mulher por parte do cônjuge.
Ermelinda foi aguentando até decidir apresentar queixa no posto da GNR, mas os guardas riam-se e troçavam, talvez porque se sentiam identificados com João; no entanto o auto chegou ao Ministério Público que confrontou Ermelinda com o facto de a Lei apenas a proteger formalmente, porque na realidade o agressor ficaria impune até cometer um ato mais sério; a solução seria Ermelinda procurar refúgio, numa qualquer instituição de solidariedade social e abdicar do passado, esquecendo-o, como que Ela devesse passar à clandestinidade.
Ermelinda não estava preparada para dar esse passo e decidiu aceitar esta situação de crueldade, como castigo de Deus, pelos seus erros do passado...
A Ermelinda só lhe interessava proteger os filhos da fúria do álcool, porque achava que o João até era boa pessoa e o álcool o verdadeiro culpado.
2008 a situação continuava a agravar-se… Resta saber até quando…

segunda-feira, abril 13, 2009

As Acessibilidades aos Edifícios Habitacionais

No preâmbulo do Decreto-Lei nº163/2006, de 8 de Agosto afirma-se que a promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindível para o exercício dos direitos que são conferidos a qualquer membro de uma sociedade democrática, contribuindo decisivamente para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos aqueles que a integram e, consequentemente, para um crescente aprofundamento da solidariedade no Estado social de direito; cabendo ao Estado a implementação de todo um conjunto de procedimentos cuja finalidade seja garantir e assegurar os direitos das pessoas com necessidades especiais, ou seja, pessoas que se confrontam com barreiras ambientais, impeditivas de uma participação cívica ativa e integral, resultantes de fatores permanentes ou temporários, de deficiências de ordem intelectual, emocional, sensorial, física ou comunicacional. Definindo o âmbito de aplicação sobre quais as pessoas que se encontrem identificadas com necessidades especiais como pessoas em cadeiras de rodas, pessoas incapazes de andar ou que não conseguem percorrer grandes distâncias, pessoas com dificuldades sensoriais, tais como as pessoas cegas ou surdas, e ainda aquelas que, em virtude do seu percurso de vida, se apresentam transitoriamente condicionadas, como as grávidas, as crianças e os idosos. Ora, segundo o legislador este decreto-lei visa melhorar os mecanismos fiscalizadores, dotando-o de uma maior eficácia sancionatória, aumentando os níveis de comunicação e de responsabilização dos diversos agentes envolvidos nestes procedimentos, bem como introduzir novas soluções, consentâneas com a evolução técnica, social e legislativa entretanto verificada, acrescentado que o alargamento do âmbito de aplicação das normas técnicas de acessibilidades aos edifícios habitacionais (n.º 3 do artigo 2.º - Âmbito de Aplicação). Aliás, segundo o n.º 2 do artigo 3.º (Licenciamento e Autorização) como que obriga as Câmaras Municipais a não colocarem entraves para a realização de obras conducentes à realização de meios de acessibilidades, como rampas, quando se afirma que a concessão de licença ou autorização para a realização de obras de alteração ou reconstrução das edificações referidas, já existentes à data da entrada em vigor do presente decreto-lei, não pode ser recusada com fundamento na desconformidade com as presentes normas técnicas de acessibilidade, desde que tais obras não originem ou agravem a desconformidade com estas normas e se encontrem abrangidas pelas disposições constantes do artigo 9.º (as instalações, edifícios, estabelecimentos, equipamentos e espaços abrangentes referidos no artigo 2.º, cujo início de construção seja posterior a 22 de Agosto de 1997, são adaptados dentro de um prazo de cinco anos, contados a partir da data de início de vigência do presente decreto-lei). Para além disso, este decreto também estabelece os princípios sancionatórios sobre a ilicitude de não haver cumprimento efetivo das normas inscritas, em termos de aplicação, de execução, de controlo e de fiscalização, nomeadamente na obediência dos prazos. E, para que as pessoas possam ser coagidas a cumprir, dá todos os poderes às Câmaras Municipais, para a instauração dos processos de contra-ordenação, para designar o instrutor e para aplicar as coimas e sanções acessórias. Mas é precisamente aqui que a situação se complica, por exemplo, ao longo do caos urbanístico da costa algarvia, os pedidos de licenciamento para a colocação de rampas devidamente adequadas, vão-se acumulando, não por causa da quantidade, mas por causa do facto de os Serviços de Fiscalização dessas Câmaras funcionarem segundo regras muito próprias: 1 – Cedências dessas competências a entidades externas que verificamos não possuírem as devidas certificações de competência. 2 – Entidades essas que subcontrataram outras e estas, por sua vez outras dos mesmos moldes, aumentando a carga burocrática. 3 – Levantamento de inúmeros obstáculos, como mais e mais documentos, algumas das vezes repetidos ou porque se lembraram, de repente, de aspetos derivados de estética urbanística dos lotes ou das rampas ou dos impactes das rampas sobre a largura dos passeios, sem prejudicar o estacionamento pago (receita camarária). 4 – Se uma mão lavar a outra, então os entraves desaparecem num ápice. Neste momento, vésperas das Eleições Autárquicas, as guerras intestinas entre os diversos Partidos Políticos, proporcionam as condições ideais para que os licenciamentos se processem com maior rapidez, sem necessidade untar mãos alheias. Se em 2011, as acessibilidades não estiverem conformes o Decreto-lei, mesmo que a culpa seja das Entidades Municipais, serão os condóminos a pagarem as coimas decorrentes das ilicitudes por omissão ou negligência.
Em Abril de 2009 ainda não foram emitidas muitas das autorizações para a colocação de vias de acessibilidade, cujo processo de licenciamento entrou em finais de 2006...
2 Anos? Pelo menos aqui no Algarve. No resto do País deve ser igual...
As normas são elaboradas para regulamentar as dificuldades e assim mais facilmente serem vendidas as facilidades.
Em Portugal os Valores Culturais, têm história de séculos, assentam em procedimentos de acomodação e de subserviência, comparativamente a outras Sociedades.

sábado, abril 11, 2009

Sine qua non..., Os Novos Titulares

Tal como foi dito anteriormente, a realização de um novo concurso para Professor Titular teria como objectivo esvaziar a divisão da carreira (recuar sem anular a divisão e depois promover nova divisão) retirando algum tipo de contestação e evitar eventual descalabro eleitoral (processo de concurso coincidirá com o período de campanha eleitoral e deixando subjacente a ideia de que a concretização efectiva desse concurso dependerá da vitória eleitoral do PS).
Mas, neste momento, o Ministério irá penalizar todos os professores que não entregaram os Objectivos Individuais, por isso é que, segundo comunicado no site do ME, praticamente quase todos os professores estarão em condições de concorrer (dos antigos 6º escalão ao 10º escalão).
Aliás, uma das condições, sine qua non, para ter o direito de aceder ao concurso deverá depender da entrega dos tais objectivos.

sexta-feira, abril 10, 2009

Os Europeus...

Segundo Vital Moreira, os verdadeiros europeístas e democratas serão os que aceitam, de alma e coração, tudo o que vem dos Órgãos Comunitários e é objecto de sancionamento, por parte do PS, PSD e CDS. Ou seja, todos os que criticam a UE ou não votam num daqueles três partidos não pertence à Europa.
Não Voto no PS ou no PSD ou no CDS.
Num qualquer Referendo sobre o Tratado de Lisboa votaria Não.
Não estou filiado em qualquer organização política.
Sou crítico desta UE (o processo de Globalização e Mundialização da economia, em termos de integração europeia, tem sido assimétrica e com notórios prejuízos para Portugal).
Pertenço a que Continente? Se não à Europa do Vital Moreira, a qual?
Estamos como aquela freguesia da Madeira que pertence a dois concelhos; vivemos uma situação caricata: Portugal da Europa do PS e Portugal da Europa não do PS? Ou Portugal da Europa Continental e Portugal do Atlântico (Jangada de Pedra promete ser uma profecia exequível).

terça-feira, abril 07, 2009

As Filhoses dos Gatos e dos Ratos...

O PS num esquema de desinformação, desenterra uma ideia antiga e amiga do PSD e que a queda de Santana adiou: privatizar a Segurança Social.
O PSD, pela voz da sua inaudível líder, prontificou-se a desmentir o óbvio. Mas, estava a renegar quem:
Cavaco Silva - primeiro-ministro de um PSD desnorteado ou a caudilha de um PSD em quarto minguante?
Santana Lopes - primeiro-ministro e o eterno enfant terrible do PSD travestido de calimero da incubadora?
José Sócrates - primeiro-ministro do freeport?
Na verdade, o conceito de privatização, diferente na forma (Partido Político que esteve na respectiva génese), mas igual no conteúdo, continua a estar na ordem do dia por iniciativa do PS.
O Pai da privatização parece pertencer ao PS e quando der prejuízo como o BPN, nacionaliza-se?
Já agora, quem serão os futuros administradores da nova administração que estão na calha para a promoção da futura falência técnica?

domingo, abril 05, 2009

A Assombração de Elmer Fudd (2)

O 1º candidato na lista do PS às eleições europeias, o reformado marido da secretária de estado da reforma, tem uma forma muito castiça de justificar o injustificável.
Afirma-se como o último dos moicanos europeístas tugas e se era contra o referendo do Tratado de Lisboa, por os portugueses serem uns analfabrutos em capacidade de compreensão dos sinuosos meandros normativos, agora clama, por esses mesmos portugueses, em defesa da sobrevivência da sociedade portuguesa e do Tratado de Lisboa, votando no PS.
Nã Pecebo.
Se não vale a pena referendar publicamente algo que não compreendemos, como poderemos votar em 2009 num Partido Político que não quiz, em tempos idos, o voto dos portugueses que não compreendem esse tal Tratado?
Votar nas eleições europeias seria ractificar um Tratado; mas se eu não o compreendo, fará sentido depositar um papel numa urna funerária?
Porque, na verdade, Vital Moreira considera essas eleições para o parlamento europeu, tão importantes como as Legislativas; mas, aqui sabemos como podemos hipotecar ou não o nosso futuro, enquanto que nas outras, votar no desconhecido será de certeza um suicídio.

sábado, abril 04, 2009

Não Vá para Dentro Cá Fora

O País está em crise, as pessoas desempregadas contam os trocos e os empregado, como a ME, dáo o corpo ao manifesto, antecipando um futuro negro e emoldura, a capa da revista Playboy.
Por outro lado, se as exportações não têm capacidade de dinamizar toda a malha produtiva, ficamos com as potencialidades do consumo privado interno (que tem sido visto como uma panaceia de defesa das estatísticas).
Comprar, Comprar, Comprar como doutrina fundamentalista, criou o aparecimento de um novo vício, o do consumo-dependente, indepententemente dos reais interesses de satisfação pessoal.
Então deveríamos canalizar este anómalo fenómeno, criando as bases de sustentação, para o não aumento do desemprego.
Só, que a realidade, colide com este tipo de propósitos.
Para além, dos meses de verão, de férias, só aos fins de semana é que estão disponíveis para aderirem ao turismo nacional.
Pois, na maior parte do território nacional, todos os centros municipais de turismo portugueses, alguns até mesmo nos meses de Verão, ao contrário do que acontece em Espanha em que existe sempre um local que disponibiliza informação, encontram-se encerrados:
Montalegre;
Boticas;
Braga;
Covilhã;
Leiria;
Coimbra;
Idanha-a-Nova;
Évora;
Armação de Pêra;
Etc., Etc.

Petição "Dia Nacional da Hemocromatose"

Para a petição basta o nome e o nº do BI: http://www.peticao.com.pt/ver-assinaturas.php?peticao=350

sexta-feira, abril 03, 2009

Perante o disparate da natureza que (terá sido concebido num momento de distração por progenitores desconhecidos) ousou formular, um fiose original, quiçá a 7.ª Lei da Termodinâmica, ao confessar a sua ignorância conceptual sobre o Direito de Cidadania, somos obrigados a admitir que o chincharavelho necessita de de reciclar os respectivos neurónios.
Acredito que, Salazar, Hitler, Estaline; Pinochet e afins pensassem no Direito de Cidadania como fruto de movimentos subversivos. Ora, este grulha considera que o Direito de dizer NÃO ou o Direito de estar CONTRA ou o Direito de Abstenção/Renúncia é um acto anti-natura de cidadania.
Penso que está na hora de frequentar um curso das Novas Oportunidades ou um CEF, onde Cidadania é uma disciplina basilar do respectivo currículo e da formação social.
O Secretário está todo tremeliques que essa posição isolada de S,º Onofre se possa transformar num movimento prejudicial ao PS.
Votar PS em 2009, é que se pode considerar como um acto de Não Cidadania e Anti-natura: Roma (sociedade Tuga) não paga a Traidores (governantes Mentirosos e Penoseiros).

Valter Lemos justifica demissão do CE do Agrupamento de Sto Onofre com "falta de civismo" dos docentes

O Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje que o Conselho Executivo do agrupamento de Escolas de Santo Onofre foi destituído e substituído por uma Comissão Administrativa Provisória (CAP) “porque os professores não quiseram participar na governação das suas escolas e não cumpriram um dever de cidadania: o de apresentar uma ou mais listas ao Conselho Transitório”.
Choca-me que não tirem partido desse direito, mas se é assim que querem muito bem: a escola é pública e o Estado tem a obrigação de assegurar a sua governação nos termos da lei”. Os 180 docentes do Agrupamento de St.º Onofre estão de parabéns: nenhum se quis candidatar ao Conselho Geral Transitório.
Se todas as escolas tivessem optado pela mesma forma de resistência, o decreto-lei 75/2008 morria por falta de comparência dos professores.
Lina Carvalho, a PCE destituída, tem a intenção de contestar judicialmente a decisão do ME.
A 14 de Abril, dia do reinício das aulas, os professores vão voltar a reunir para tomada de posição.

Vai Paula Barros Formosa...

Ao rever no Canal Parlamento, a interpelação à ministra, apercebi-me de um pequenino pormenor que terá escapado ao comum dos cidadãos: Salazar ressuscitou nas saias da Deputada Paula Barros que num tom patriótico debitou números estatísticos do mais alto calibre - 95%, 99%, 98%, etc., etc....
Depois confundiu o mérito dos Conselhos Executivos com os disparates da 5 de Outubro:
1 - Refeições ao 1.º ciclo faltou descontar as criancinhas que têm de trazer farnel ou que os Pais têm de o levar ou da péssima qualidade (antigamente, princípios da década 80, o ISCEF/ISE/ISEG tinha um refeitório muito típico e castiço: a manutenção militar fornecia os alimentos que seriam rejeitados pelos respectivos maçaricos: Princípio de Lavoisier - na natureza nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma; Lixo? A reciclagem/compostagem era realizada, quiçá pelo bandulho dos alunos).
2 - Aulas de enriquecimento escolar no 1º ciclo do ensino básico: Onde? O meu Anglês Técnico não sendo famoso, ainda compreende que o novo acordo ortográfico da lengua tuga não é extensível aos bifes. Agora, ter um filho aprender o Galês à moda do binho a martelo é que me parece um despautério do arco da belha.
3 - Escolaridade Obrigatória até aos 12 anos de idade ou 12 anos de escolaridade (pelo menos 18 anos de idade)? A Madame saberá que o Lorenin pode ter efeitos graves sobre a articulação de ideias?
4 -Faltas dos alunos baixaram tanto, tanto, tanto que até podemos dizer que os alunos nem faltam, porque as faltas registadas servem apenas para evitar a unanimidade dos 0,0%.
5 - Saberá a Madame (uma sumidade parlamentar não tem tempo para se preocupar com estes pormenores; o importante é estar na primeira linha de partida para ser novamente eleita Deputada da Nación) que tenho um aluno muito especial: estava dentro da escolaridade obrigatória, num curso CEF e agora está num estabelecimento prisional situado a cerca de 160 KM. Pois, ao referido aluno, os professores foram obrigados a efectuar as ditas provas de recuperação; por ironia do destino o Dito Cujo, por impossibilidade legal, não compareceu às provas, apesar de ter sido notificado, nos termos legais (cadastro de faltas ficou limpo).
Agora, segundo o Estatuto do Aluno, como não pode ser excluído, continua a ser aluno desta escola apesar de frequentar outros ambientes; quando atingir determinado patamar de faltas, repetimos todo o processo (Quem falou em abandono escolar ou em faltas dadas?).
Porreiro Pá.

quinta-feira, abril 02, 2009

Céu Nublado ao Poder

Porquê tanta indignação e perplexidade pelo facto de a empresa inter-municipal de Braga e arredores ficar sob a tutela de alguém condenado por corrupção?
Aliás, depois da sentença proferida, ele afirmou que sempre fez do mesmo e que continuaria na mesma onda.
Se, Al Capone tivesse neurónios mais inteligentes e em vez de limitar a subornar/lavagem e amaciar as mãos dos políticos de Chicago e de Cícero, ousasse ocupar um tacho, do mesmo calibre, talvez nunca tivesse sido preso por evasão fiscal.
É evidente que a evasão fiscal e o suborno/corrupção é crime nos states e não é crime em Portugal.
O PS, o PSD e o CDS elegeram-no por unanimidade porque sabem que campanhas eleitorais, com a cartilha do Isaltino Morais, pode não ser até à eternidade e todos temos direito a fazer pela vida, principalmente em situações de crise económica e financeira.
Claro que os valores e princípios que têm sustentado a sobrevivência destes Partidos Políticos esfrangalhados, nestes últimos vinte anos, se encontram em plena sintonia como os das pessoas como o Névoa.
Por outro lado, se alguém o quiser pôr fora, terá de lhe pagar uma bruta maquia e Mesquita Machado e os presidentes de autarquias vizinhas, encontram-se, neste momento, aflitinhos da vida para manter as respectivas maiorias absolutas.