As sondagens recentes tentam transmitir uma ideia plausível de tendências eleitorais, em termos de votos apurados, nas urnas de 5 do mês de Junho.
Dentro deste contexto diversas hipóteses se poderão colocar (obtenção de 116 deputados):
I - maiorias absolutas partidárias unitárias
1º - PS obtém maioria absoluta - era mais do mesmo com agravamento das medidas, estilo revanche, principalmente para os professores, continuação da formação dos Hiper-agrupamentos de escolas, continuação da gestão não democrática da escola pública e tendencialmente partidarizada, reforço de meios suplementares de repressão a opositores do processo de ADD adoptado anteriormente e quiçá com o regresso da megera, vinda directamente da FLAD; com sanção sobre pessoas de baixos rendimentos e aumento da corrupção; baixa nas contribuições patronais para a segurança social (tal como já acontece com o Estado perante os seus funcionários) e aumento do IVA e despedimento de Funcionários Públicos (mobilidade funcional...).
2º - PSD obtém maioria absoluta - substantivamente semelhante ao PS com a continuação da formação dos Hiper-agrupamentos de escolas e da gestão não democrática da escola pública e absolutamente partidarizada e redução da escola pública e do Serviço Nacional de Saúde ao sistema dos USA, reforço de meios suplementares de repressão a opositores do processo de ADD adoptado anteriormente pelo PS, com algumas nuances de diferencião eleitoral e quiçá com o regresso de outra personagem tipo megera; com sanção sobre pessoas de baixos rendimentos e aumento da corrupção; baixa nas contribuições patronais para a segurança social (tal como já acontece com o Estado perante os seus funcionários) e aumento do IVA e despedimento de Funcionários Públicos (mobilidade total...)..
3.1 - PP/CDS obtém maioria absoluta - Os Deuses Devem Estar Loucos...
3.2 - PCP obtém maioria absoluta - Missão Impossível...
3.3 - BE obtém maioria absoluta - Se Beber não Case...
II - maiorias absolutas partidárias coligadas
4º - PSD + PP/CDS - Programa do PSD com laivos de histeria mercantil, já conhecidos dos tempos de Durão Barroso e de Santana Lopes e com Paulo Portas a querer mais Poder (tachos) maiores Responsabilidades e mais apetência para condicionar Passos Coelho. Os Piratas das Caraíbas da Europa
5º - PS + PP/CDS - reedição do queijo limiano sem Sócrates, como se o PS aceitasse subordinar-se a uma birra de feirante que tem dificuldades em aceitar a existência de organismos como a ASAE, embora, a nível de programas haja alguma identificação base.
Se houver opção de Poder, o PP pode mandar avançar as linhas atrasadas, deixando o líder resguardado, para poder promover eventuais e futuras alienações de responsabilidades, em termos de defesa dos respectivos princípios face às medidas duras da troika que o PS fará e com igual dimensão às preconizadas pelo PSD. Chefe, mas Pouco...
Na realidade este cenário é talvez um dos de mais difícil concretização, ou talvez não...
6º - PS + PSD + PP/CDS - A maioria acima de 116 deputados só tem demonstração prática com esta coligação sinistra (todos com a troika) e com o homem do leme borda fora (?); l'amour à trois.
7º - PS + PSD - sem Sócrates e quem sabe sem Passos Coelho (?). Os Malucos do Riso...
Na verdade este cenário é talvez o mais provável, mas o de maior dificuldade de concretização.
A solução passaria pela iniciativa de indicar uma figura pública consensual, por parte do Presidente da República.
Pois, aqui nesta situação, a viabilidade de um Primeiro-ministro e do consequente Governo seria equivalente aos episódios da Novela inerente à eleição do Provedor de Justiça.
Ora, a viabilidade de um Primeiro-ministro e do consequente Governo estável, tornar-se-ia problemática, porque:
A Figura poderia ser do agrado do PS e o PSD, mesmo que houvesse uma comunhão de ideologias, recusaria.
A Figura poderia ser do agrado do PSD e o PS, mesmo que houvesse uma comunhão de ideologias, recusaria.
PSD e PP/CDS querem o PS, mas sem o Zé.
Durão Barroso fez do Zé o paradigma do novo governo liderado pelo PSD e com a muleta do PP e apesar de tudo o resultado final foi um desastre orçamental, com venda de dívidas, com antecipação de receitas futuras, com aumento das PPPs e outros malabarismos contabilísticos.
Sócrates teve óptimos professores...
Mas o Voto em Branco também não é solução, embora possa determinar a representatividade de cada força política perante os eleitores votantes...
O Poder da Comunicação tem pertencido a Sócrates, enquanto que o resto dos líderes não passam de amadores, quiçá encartados num qualquer Centro de Novas Oportunidades.